sábado, 30 de maio de 2009

Clube do Imperador

O filme Clube do Imperador, sugerido pela interdisciplina de Filosofia da Educação nos leva a refletir sobre a atuação de um conceituado professor de História, que durante sua docência se vê diante de um conflito moral.
Tudo aconteceu num colégio interno, onde esse professor competente, dedicado, reconhecido e respeitado pelos diretores, colegas e alunos desenvolvia seu trabalho. Porém este professor era ousado em “moldar” seus alunos sobre o que considerava certo e errado.
Todos os anos o professor organizava uma competição chamada “Júlio César”, onde os três primeiros classificados nas provas teóricas concorrem ao prêmio, sendo indagados no dia do concurso com questões referentes ao que haviam estudado em sala de aula sobre a cultura greco-romana.
O professor Hundert fica impressionado ao perceber o esforço do aluno em sair-se bem na competição, então estimula-o e empresta-lhe livros, com tudo isso ele ficou classificado em quarto lugar e o professor desviando-se de seu caráter, acaba alterando o conceito.Para sua decepção, na final do grande concurso, ele se depara que seu aluno não mudou em nada, estava colando para responder as perguntas e o professor para não continuar prejudicando os outros, resolveu fazer justiça e mudou imediatamente a pergunta, gerando em si um conflito moral.
Nesta situação de conflito, o professor Hundert envolveu princípios morais como a ética, respeito, justiça, caráter, transparência, ficando evidente que o caráter não se molda e não se transmite, mas que vamos construindo desde “berço” ao longo do que vamos vivenciando. Porém esse conjunto de regras de conduta, às vezes são deixados de lado pelo ser humano como aconteceu com o professor, causando marcas na sua trajetória da vida.
Quanto a decisão do professor acredito ser correta no sentido que alterou a pergunta final para fazer justiça, tentando recuperar o erro, mas no sentido de alterar o conceito para beneficiar um determinado aluno, acho errado, pois prejudicou outros e foi contra seus princípios morais, custando-lhe anos de angústia e preocupação.
Este filme nos transmite mensagens importantes para o nosso cotidiano pessoal e profissional, como a ética, caráter e honestidade, valores tão deixados de lado nos dias atuais, partindo do dito “o fim depende do início” pelos exemplos que recebemos e deixamos.

Método Clínico Piagetiano

Análise da aplicação:

A criança, o João(nome fictício), ao iniciar a prova estava bem entusiasmado, porém no decorrer das perguntas começou a ficar inibido, então deixamos ele brincar mais com a massinha de modelar, se distrair um pouco. Depois de algum tempo, ele já mais a vontade, nós retomamos a prova.
Ao observar as massinhas, ele conseguiu distinguir as quantidades, no inicio ele estava bem convicto nas suas respostas. Ex. na prova da divisão das bolinhas ele identificou que a bolinha menor tinha menor quantidade de massa
Depois ele começou a confundir as formas com a quantidade.
As condutas cognitivas apresentadas pela criança podem ser identificadas com o estagio pré-operatório, segundo Piaget. Observamos que as atitudes, as respostas do João, caracterizam para o pensamento intuitivo, porque ele ao intuir imagina. Ele não possui um pensamento lógico
Expressou-se oralmente para explicar seu pensamento, representando a realidade vivenciada.
Durante a aplicação da prova o experimentador utilizou questionamentos fazendo com que estes facilitassem o entendimento da criança.
O experimentador tentou de várias formas mudar a resposta do João, sobre a quantidade de massa em determinado objeto construído com a massinha, porém ele não abria mão de sua opinião, acreditava que estava correto e não aceitava argumentações, assim evidenciando mais uma vez o estágio pré-operatório, o egocentrismo. Em relação a atuação do experimentador e de sua colega, acredito que alcançamos os objetivos propostos nesta atividade, pois iniciamos o trabalho com a criança meio inibida, mas conseguimos deixá-la a vontade, tranqüila, expondo suas idéias naturalmente.

ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO

Piaget descreve o desenvolvimento infantil, em diferentes períodos. Em cada período há a construção variada e diferente de certas estruturas cognitivas.
Esses períodos são: sensório-motor, pré-operatório, operativo-concreto, operatório-formal.
A idade cronológica da criança, em cada período, deve ser entendida sempre como idade aproximada, elas podem ultrapassar ou avançar os períodos de acordo com suas experiências, do meio social que estão inseridas e da maturação, porém a ordem de ocorrências dos estádios se mantém.
Período sensório-motor (0 a 24º mês) - A partir dos primeiros reflexos com os quais a criança é dotada ao nascer, vão se construindo, pouco a pouco, em interação com o meio, as condições necessárias para as posteriores conquistas cognitivas.
A criança descobre novos significados para as coisas e a característica mais significativa do comportamento da criança é a repetição dos atos.A inteligência sensório-motora que se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem.
Período pré-operatório (2 a 7 anos) -Nesta fase a criança começa a representar a realidade em que vive e já consegue se comunicar através da linguagem. É uma fase marcada pelo egocentrismo, ou seja, o pensamento voltado para si mesmo, onde as percepções do mundo são limitadas, não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema.
Período operatório-concreto (7 aos 11 anos) - A construção da capacidade de reversibilidade do pensamento assinala o ingresso nas operações concretas. A criança torna-se então, capaz de realizar operações, ou seja, ações mentais, embora limitadas pelo mundo real.
É um período que inicia a fase escolar e o desenvolvimento cognitivo evolui como resposta construtiva de uma nova visão que a criança tem do mundo.
Período operatório-formal (12 anos em diante) - Consegue operar mentalmente com a realidade física e concreta, pode pensar agora, independentemente do real, pode lançar hipóteses, fazer deduções, generalizar, abstrair sem precisar de qualquer vinculação com objeto concreto.O jovem pode nesta fase pensar sobre o próprio pensamento. Ele alcança funções cognitivas que permanecerão durante toda a sua vida, porém pode ir se aperfeiçoando ao longo do tempo, adquirindo novos conhecimentos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Diversidade na escola

"Somos tão iguais, mas ao mesmo tempo tão diferentes"

Trabalhando as questões étnico-raciais (diversidade na escola), realizei a atividade de construção do mosaico com uma turma do 2º ano composta por 16 alunos.
Iniciei a atividade conversando sobre a família, que as famílias possuem características e costumes diferentes. Que somos uma mistura de raças e etnias, que nem sempre soubemos a que grupo pertencemos, pois não é pelas características físicas que nos identificamos, mas pelas nossas origens.
Dividi a turma em dois grupos e distribui para cada grupo um mapa de Três Cachoeiras, porque no mês de abril comemoramos o aniversário de emancipação do município e também revistas. Expliquei que faríamos um mosaico no mapa com recortes de pessoas representando as raças e etnias existentes em Três Cachoeiras.
Em sala de aula temos uma diversidade cultural, que pode ser explorada de acordo com a faixa etária dos alunos, facilitando com isso o entendimento. É mais fácil aceitar as semelhanças, do que ignorar as diferenças, mas é importante almejar o respeito dessas diferenças e das desigualdades culturais.

Educação Especial

Nós professores somos considerados transformadores no processo educativo, então para que consigamos trabalhar com classes heterogêneas, precisamos fazer como diz no texto "A inclusão e seus sentidos: entre edíficios e tendas": os edíficios que houver terão que modificar e dar lugar a construção de novas tendas, ou seja, nos prepararmos para trabalharmos com alunos com necessidades educacionais especiais. Acredito que nós já estamos sendo beneficiados neste curso com esta interdisciplina que está nos proporcionando um aprendizado e nos levando a refletir sobre o assunto.