Numa escola de EJA encontramos jovens e adultos com diferentes trajetórias escolares e às vezes nenhuma, geralmente menos favorecidos financeiramente que por alguns motivos como trabalho, reprovação, difícil acesso, pararam de estudar e resolveram retomar os estudos através desta modalidade.
Os jovens e adultos precisam romper as barreiras do preconceito quando decidem frequentar uma sala de aula, pois a sociedade ainda marginaliza o analfabeto. Eles sentem vergonha de frequentar a escola depois de adultos, gerando sentimentos de inferioridade e insegurança, e às vezes não acreditam na sua capacidade de aprender e ainda precisam ter disposição para irem a escola depois de enfrentarem um dia de trabalho.
É um público que apresenta uma linguagem que tem como base as experiências de vida e trabalho, de acordo com seu grupo cultural, porém o desenvolvimento é absolutamente singular para cada educando, visto que para alguns a linguagem escolar é difícil de compreender.
Seguindo a proposta da interdisciplina (saída de campo), realizando entrevistas com estudantes de uma instituição de ensino que oferece esta modalidade ( Capão da Canoa), pude constatar a realidade da EJA neste muncípio e dos alunos que a frequentam e relacionar com os textos abordados conforme relatei nos parágrafos anteriores.
Observei também que além das dificuldades pessoais, há também dificuldades relacionadas a escola como alguns programas e métodos voltados ao público infantil que precisam serem adequados a esse públido.
O professor que trabalha com EJA precisa combinar o currículo a ser cumprido com uma proposta diferenciada e específica para seus alunos, levando em conta de que para muitos desses alunos a EJA é a última alternativa para se manterem no espaço escolar.
Um comentário:
Oi Cris,
Tua postagem aborda com propriedade as características fundamentais da EJA, bem como destaca as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos dessa modalidade.
A EJA, para atender à especificidade de seu público, precisa contemplar educação, trabalho e cultura a fim de que esses sujeitos, na sua maioria, trabalhadores, possam se sentir integrados de fato à sociedade. E ainda, que possam, a partir do trabalho na escola, compreender a realidade em que vivem para nela intervir, buscando, desse modo,uma melhor qualidade de vida.
Parabéns pela reflexão!
Beijos, Rô Leffa
Postar um comentário